A Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio) manifestou, em nota divulgada nesta segunda-feira, 5, sua “insatisfação” com a decisão do Governo do Estado em prorrogar por mais uma semana a reabertura do comércio.
A entidade diz que além das perdas no faturamento, os empresários investiram em equipamentos e medidas de segurança “para seguir rigorosamente os protocolos de funcionamento” e ainda assim estão sendo “novamente penalizados”.
A Fecomércio diz ter apresentado ao Governo do Estado um conjunto de medidas “justas” que possibilitariam o funcionamento do comércio sem causar aglomeração e que há dados que comprovam que a reabertura do comércio não foi a causa do aumento do número de casos da COVID-19.
Incentivos desproporcionais aos prejuízos
Sobre os incentivos recebidos pelo setor, a Fecomércio diz que “foram desproporcionais aos prejuízos acumulados” no período. “Como se não bastasse todas as contas, estão sendo responsabilizadas também pela crise na saúde. Essa conta não é apenas do comércio”.
“Compreendemos a gravidade da crise sanitária e reconhecemos o esforço do executivo estadual em combater os avanços dos casos de COVID-19. Mas não podemos fechar os olhos para a realidade da crise econômica e os impactos no setor do comércio, responsável por mais de 70% do PIB estadual”, disse a entidade.
A Fecomércio cita ainda a pesquisa Confiança e Intenção de Compra do Consumidor, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), que aponta que 96,8% dos consumidores estão menos confiantes. É o menor percentual de confiança desde julho do ano passado.
“O comércio de bens, serviços e turismo defende a implantação de medidas rígidas de controle sanitário que garanta o exercício da atividade econômica essencial à sobrevivência das famílias cearenses.”
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