Com o objetivo de garantir maior assistência na rede pública às pessoas diagnosticadas com a doença celíaca, a vereadora Priscila Costa (PSC) apresentou o projeto de indicação 664/2021, que sugere ao Executivo a criação do Programa de Assistência aos portadores de Doença Celíaca em Fortaleza.
A doença celíaca é uma patologia autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja e alguns doces, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água. As pessoas portadoras dessa doença não podem portanto ingerir alimentos que contêm glúten, pois esta proteína agride e prejudica o funcionamento do intestino.
De acordo com a autora da proposição, a ideia é que Fortaleza se torne referência no assunto. “O Programa de Assistência aos Portadores de Doença Celíaca visa dar dignidade ao celíaco, especialmente os que estão estão condição de vulnerabilidade social e não possuem condições econômicas de custear a alimentação adequada. Nossa expectativa é que o projeto seja em breve aprovado e implementado com urgência pela Prefeitura”, defende Priscila Costa.
Mas o que estabelece o projeto?
- A iniciativa assegura o atendimento multidisciplinar ao celíaco na rede municipal de saúde, principalmente para os menores de idade e idosos em estado de desnutrição;
- As famílias que não tem condições financeiras de suprir as necessidades básicas de alimentação do portador da doença terão acesso aos programas assistenciais do Município;
- A medida ainda prevê o fornecimento de cesta básica mensal aos celíacos em situação de vulnerabilidade social. Essa cesta deverá ser elaborada por equipes de nutricionistas para atender as especificidades da dieta de cada um e garantir as quantidades diárias de nutrientes recomendadas;
- Os alunos da rede municipal de ensino, portadores da doença celíaca, terão direito a uma merenda escolar adequada, de acordo com suas necessidades nutricionais;
- O projeto também prevê o acompanhamento clínico e nutricional dos portadores da doença.
A proposição determina a realização de programas educativos através da Secretária Municipal de Saúde, que busquem esclarecer as características, os sintomas e o tratamento da doença celíaca. Além de outras ações como:
- Elaboração e distribuição de cartilhas explicativas às famílias sobre a doença e os cuidados necessários para a correta adesão à dieta e preparação de alimentos;
- Cursos de preparação de alimentos isentos de glúten e de reeducação alimentar para o celíaco e sua família;
- Incentivo à pesquisa dessa doença;
- Elaboração de folhetos para serem distribuídos nas Unidades de Saúde, Escolas, instituições públicas, além de restaurantes, hotéis e bares;
- Realização de seminários e treinamentos para os profissionais da rede pública de saúde;
- Criação de um cadastro quantitativo para apurar a incidência na doença em Fortaleza.
Foto: Arquivo/CMFor
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