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Câmara realiza Sessão Solene em homenagem ao Dia Nacional do Humorista

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, na última segunda-feira (18/04), Sessão Solene em Homenagem ao Dia Nacional do Humorista. A solenidade foi proposta pelo vereador Sargento Reginauro (PROS), por intermédio do Requerimento 237/2022, aprovado por unanimidade pelo plenário da Casa Legislativa. O Dia Nacional do Humorista é comemorado sempre no dia 12 de abril, em conformidade com a Lei Municipal 9.518 de 23 de outubro de 2009 e com a Lei Estadual 13.317 de 2 de julho de 2013.

A Sessão foi presidida pelo vereador Sargento Reginauro, no ato representando o presidente da Câmara Municipal, Antônio Henrique (PDT). A mesa de honra foi composta pelas seguintes personalidades: deputado estadual Soldado Noélio; secretário municipal de Cultura, Elpídio Nogueira; Karla Karenina Sales Fernandes, representando os homenageados dessa noite.

Em sua saudação aos presentes, o vereador Sargento Reginauro, destacou que os artistas vivem do humor que fazem. Ele recordou o momento emblemático que o humor teve no passado, quando esteve em alta, com shows lotados. “Sou ator e diretor de teatro, essa é minha escola. Sou bombeiro militar há 27 anos e nunca achei que o teatro pudesse me levar a algo profissional. Eu participava de um grupo de teatro na minha religião. Um dia fui convidado para fazer uma figuração no filme Bezerra de Meneses e depois fiz um teste para o filme Cine Hollywood, para delegado, não passei e depois recebi o convite para ser o cabo Amâncio. Depois foram três anos para entrar em cartaz. Soube que passaria o trailer antes de um filme nacional e fui só para ver o trailer. As pessoas caíram na gargalhada e foi um estouro, com salas lotadas, um momento muito importante. De repente nossa cearensidade estava batendo recordes de bilheteria e desbancando filmes da Marvel”, frisou.

Ele destacou também a ascensão do stand up que vem ganhando espaços. “Quando vamos em Recife vemos o frevo; Em Salvador o axé e em Fortaleza temos o humor. Temos um projeto esperando a tramitação nessa casa, que a gente batizou o projeto ‘ieeeiii’ (vaia cearense), para agente dar a Fortaleza a cara do humor. Que isso esteja na cidade, nos trands turísticos da cidade, que os hotéis e taxistas ofereçam isso, isso movimenta o emprego e renda, não só para o humorista, mas para uma cadeia produtiva. Temos que explorar esse potencial. Nenhum lugar do mundo vamos encontrar humoristas tão bons como aqui. Pra mim é uma alegria muito grande está aqui homenageando vocês”, pontuou.

Em seguida foram feitas as homenagens da noite. Receberam certificados em comemoração ao Dia do Humorista: Luciano Lopes (Luana do Crato); Luiz Neto; Paulo Sérgio Miranda de Barros (Bolachinha); Luiz Carlos Galleto e Karla Karenina Sales Fernandes (Meirinha).

Representando os artistas homenageados falou Karla Karenina: “Vou alternar entre a alegria e emoção, a gente fica com um pouco nostálgica. Quando o Reginauro em sua fala tinha falado que eu era da primeira onda, mas a primeira onda da acontecência do humor foi o final dos anos 80 e início da década de 90, porque a gente não via movimentos como esse. Hoje é um dia histórico, como foi naquele momento, cheguei a fazer shows para 4 mil pessoas. O Bar Ultima Sessão na Aldeota, Festas da calourada na Universidade, fomos crescendo e recebendo novos humoristas. Hoje estamos numa cerimônia na Câmara e isso é muito importante, por isso não quis faltar. Hoje, estou diretora do Teatro Municipal São José, foi naquele teatro pela primeira vez os personagens se juntaram para fazer um show, para um amigo Eugênio Stone e foi um sucesso tão absurdo, com filas na Dom Manoel, que tivemos que fazer sessão extra. Não existia festival, nem política de cultura. Então a gente viu que podia fazer algo nos teatros,” recordou.

“O segundo show foi para pagar o parto da mulher do Falcão e depois fomos fazendo shows com bilheteria para os demais humoristas. Naquele época éramos marginalizados e hoje depois de muitas lutas, depois de três décadas, estamos aqui sendo homenageados pelos serviços que agente presta à nossa cidade. Fico feliz que criamos uma grife ‘Humor do Ceará’. Fico feliz que temos espaços nas politicas públicas. Tivemos Chico Anysio, grande mestre, e Renato Aragão que lotava as salas de cinema, agora com estamos em ritmo da internet, mas que essa arte continue sendo conhecida como o humor cearense, que acha graça da própria desgraça e que transforma dor em riso. O Humor é uma arte eclética; é teatro, é circo, é arte dramática da mais alta complexidade, pois quem sabe fazer rir, sabe fazer chorar. Graças ao humor tive oportunidades na teledramaturgia, mas comecei com o humor e vou respeitar sempre essa linguagem. Por nossa persistência deixamos de ser marginalizados, e passamos a ser referência”, destacou.

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