A Gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, discute a liderança feminina e a sustentabilidade na Logística em artigo para a Expolog – Feira Internacional de Logística, evento que acontece entre os dias 27 e 28 de novembro, em Fortaleza.
Leia na íntegra:
A liderança feminina no setor logístico está em constante evolução, conquistando espaço e reconhecimento em um ambiente que se torna cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade. Embora ainda haja desafios a serem superados, observamos avanços significativos na forma como as empresas operam, promovendo um ambiente de trabalho mais humanizado e organizado, além de otimizar processos e reduzir erros. As mulheres estão constantemente em busca de aprender novas habilidades, fundamentais para cargos de liderança, como a capacidade de trabalho em equipe, criatividade e uma comunicação eficaz.
Um dos principais desafios reside nas barreiras culturais, refletindo a diversidade de valores e comportamentos ao redor do mundo. As crenças e preconceitos históricos ainda impactam as relações comerciais, especialmente em contextos onde a subordinação feminina é um dogma cultural, como em algumas regiões dos Países Árabes.
No entanto, no Brasil, estamos vendo um movimento forte em direção à inclusão e diversidade, especialmente nas discussões em torno da logística e práticas ESG. A experiência adquirida por uma geração de líderes que começaram a integrar a agenda internacional no comércio exterior é um testemunho do potencial das mulheres nesse setor. O Sistema FIEC, por exemplo, exemplifica esse avanço, com 47% de sua equipe composta por mulheres, todas comprometidas em impulsionar o comércio exterior com práticas sustentáveis.
As mulheres estão cada vez mais dispostas a expandir seu conhecimento técnico e cultural, enfrentando desafios significativos em áreas de liderança, jurídicas, econômicas e operacionais dentro da logística. A presença feminina nas cadeias de suprimento e nas negociações internacionais não apenas enriquece o ambiente de trabalho, mas também promove um crescimento sustentável nas empresas e organizações. É vital que continuemos a abordar esses temas, fortalecendo a participação feminina e desenvolvendo políticas que ampliem sua atuação nas discussões sobre a logística e sustentabilidade.
À medida que o Brasil se alinha às tendências globais de diversidade e inclusão, especialmente em conselhos empresariais, é evidente que, apesar das distinções de gênero que ainda persistem, estamos avançando em direção a um cenário mais igualitário. A representatividade feminina nas áreas de gestão e liderança da logística é um passo importante nesse processo. Superar as barreiras de gênero e as disparidades salariais são desafios permanentes, mas os esforços de líderes que promovem a inclusão fazem toda a diferença. É essencial que as empresas e instituições ofereçam as mesmas oportunidades a homens e mulheres, impulsionando um movimento que valoriza a diversidade como pilar fundamental para uma logística mais responsável e eficiente.
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