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Prefeito cassado de Barroquinha é acusado de tentar influenciar a máquina pública antes das novas eleições

Em um gesto desesperado e vergonhoso, o prefeito cassado de Barroquinha tenta, a qualquer custo, manter o controle político da máquina pública.

O gestor encaminhou à Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 014/2025, que cria nada menos que 118 cargos comissionados — sem justificativa, sem descrição de funções e sem qualquer estudo de impacto financeiro.

A manobra, típica de quem não respeita os limites da legalidade nem o interesse público, tem clara finalidade eleitoreira. Com a possibilidade de eleições no município, o ex-prefeito tenta utilizar o velho esquema do “toma-lá-dá-cá” para perpetuar sua influência política e manipular o cenário eleitoral por meio da distribuição de cargos.

A resposta do Ministério Público do Estado do Ceará foi imediata e categórica: em parecer técnico devastador, o promotor de Justiça Francisco Handerson Miranda Gomes afirmou que a criação indiscriminada de cargos “macula os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e economicidade”, configurando nítido desvio de finalidade. Mais do que um ato ilegal, o projeto é um atentado à democracia e ao erário.

A medida já é alvo de Ação Popular com pedido de liminar para suspensão imediata dos efeitos da lei. O Ministério Público é claro ao afirmar que, se o projeto seguir em vigor, haverá prejuízo irreversível aos cofres públicos.

Enquanto a cidade tenta se reerguer institucionalmente, o ex-prefeito insiste em práticas arcaicas, ilegais e antidemocráticas. A população de Barroquinha merece respeito, e não mais uma tentativa de manipulação descarada travestida de projeto de lei.

A Justiça agora tem a responsabilidade de frear essa afronta e impedir que interesses pessoais e eleitoreiros contaminem novamente a administração municipal. O povo de Barroquinha está atento — e não aceitará ser usado como moeda de troca em um jogo sujo pelo poder.

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