Ícone do site Eh Política

União Progressistas Agita a Política Cearense: Quem Fica com o Poder, Capitão Wagner ou AJ Albuquerque ?

Nesta terça-feira, 29, o Brasil vai presenciar um movimento político de peso: União Brasil e Progressistas formalizaram a criação da federação União Progressistas em evento no Salão Negro da Câmara dos Deputados, às 15h. Sob o comando nacional do deputado federal Antônio Rueda (União Brasil) e do senador Ciro Nogueira (Progressistas), a federação nasce com 108 deputados federais e carrega um impressionante histórico recente de R$ 954 milhões em recursos eleitorais.

Apesar de ser uma federação de alcance nacional, o grande foco agora é nos estados, onde a disputa por espaços de poder promete esquentar. No Ceará, a briga já começou: de um lado, Capitão Wagner, presidente estadual do União Brasil; do outro, AJ Albuquerque, que comanda o Progressistas no estado.

A dúvida que paira no ar é: com quem ficará o comando da federação no Ceará? Embora a orientação nacional seja de que o União Brasil conduza o processo no estado, aliados de AJ Albuquerque já trabalham nos bastidores para tentar reverter a situação. Interlocutores afirmam que a Executiva Nacional poderá ser chamada a intervir caso o impasse local não seja solucionado.

A divisão de forças é estratégica. De acordo com a legislação eleitoral, a federação poderá lançar até 71 candidatos a deputado federal no Ceará. Com a união dos partidos, haverá uma divisão: 36 para um lado, 35 para o outro — e com isso, o valor do fundo eleitoral disponível para cada campanha aumentará consideravelmente, fortalecendo aqueles que tiverem o controle do processo.

Fontes de Brasília e Fortaleza indicam que a disputa entre Wagner e AJ é silenciosa, mas intensa. Wagner, após acumular reveses eleitorais nos últimos anos, busca se manter relevante. AJ, com acesso privilegiado às lideranças nacionais, aposta no desgaste do adversário para conquistar o comando e, consequentemente, o controle dos milionários recursos.

O que se sabe é que, se não houver consenso local, a Executiva Nacional da federação terá a palavra final. E até lá, a política cearense promete novos capítulos de tensão e articulações de bastidor.

Sair da versão mobile